domingo, 25 de janeiro de 2009

Enterprise Architecture II - Introdução



Como abordei no post anterior, a EA surgiu a aproximadamente 22 anos com o intuito de sanar dois problemas de TI que começaram a ganhar corpo naquela época: Gerenciamento da crescente complexidade dos Sistemas de TI e a dificuldade de produzir valor real para o negócio com aqueles sistemas.


Podemos notar que esses problemas são correlatos, ou seja, quanto mais complexo um sistema, menor probabilidade dele gerar valor real para o negócio, e o contrário também é verdadeiro, quanto melhor administrado a complexidade de um software, maior a possibilidade dele propiciar valor real ao negócio.


Entre os motivos para uma pessoa se interessar por EA podemos citar : Se o controle da complexidade do sistema e a geração de valor para o negócio forem suas principais prioridades; Se estiver preocupado com a manutenção, reforma ou com a credibilidade do setor de TI da sua organização; Se luta para promover o uso da TI para manter uma posição competitiva em seu setor.


Se nenhum dos motivos citados forem de interesse, essas metodologias tem pouco a oferecer.

Em Sistemas da Informação se você estiver construindo um sistema simples, não distribuído e para um único usuário, provavelmente não precisara de um arquiteto, porém se estiver construindo um sistema para utilização de toda empresa, altamente distribuído, de missão crítica, provavelmente precisará de arquitetos de banco de dados, soluções, infra-estrutura, negócio e um arquiteto corporativo.


A responsabilidade por desenvolver toda a visão arquitetural de uma organização é do Enterprise Architect. Ele é o arquiteto especializado na visão mais ampla possível da arquitetura dentro da empresa. Ele é o arquiteto dos arquitetos, o responsável por coordenar o trabalho dos demais arquitetos. Se você precisará ou não de um arquiteto desta categoria dependerá do que você pretende construir.


Construir um sistema de informação de grande porte, complexo, que abranja toda empresa sem um arquiteto corporativo é o mesmo que tentar construir uma cidade sem um urbanista. Você talvez consiga construir uma cidade sem um urbanista, mas gostaria de morar nela? Provavelmente não.


Contratar um urbanista não significa que você terá uma cidade habitável, mas melhora suas chances. Da mesma forma um arquiteto corporativo não garante uma EA bem sucedida.

Segue abaixo algumas definições de palavras que serão utilizadas nos demais post's:

· Arquiteto

o Profissional sob cuja responsabilidade está o projeto de uma arquitetura e a criação de uma descrição arquitetural.

· Artefatos Arquiteturais

o Documento, relatório, análise, modelo especifico ou outro produto tangível que contribui para uma descrição arqutetural.

· Descrição Arquitetural

o Conjunto de artefatos para documentar uma arquitetura.

· Framework Arquitetural

o Estrutura esquematizada que define artefatos arquiteturais sugeridos, descreve qual a inter-relação desses artefatos e fornece definições genéricas para a provável aparência desses artefatos.

· Metodologia Arquitetural

o Termo genérico que pode descrever qualquer abordagem estruturada para resolver alguns ou todos os problemas referentes à arquitetura.

· Processo Arquitetural

o Série definida de ações, cuja finalidade é produzir uma arquitetura ou uma descrição arquitetural.

· Taxonomia Arquitetural

o Metodologia para organizar e categorizar artefatos arquiteturais.

· Arquitetura

o Organização fundamental de um sistema incorporado em seus componentes, as relações desses componentes entre si, com o ambiente, e os princípios que orientam o seu projeto e sua evolução.

· Arquitetura corporativa
o Arquitetura em que o sistema em questão representa toda empresa, especialmente os processos do negócio, as tecnologias e os sistemas de informação da empresa.

No próximo post falarei um pouco sobre o histórico da Enterprise Architecture.

"O trabalho afasta de nós três grandes males: o tédio, o vício e a necessidade." (Voltaire)


Enterprise Architecture I - Prefácio


A Enterprise Architecture - EA, é um tema que vem sendo estudado há aproximadamente 22 anos e tem apresentado crescimento rápido nos muitos anos.

No início a EA abordava dois problemas, sendo a complexidade dos Sistemas (Gastos crescentes para construção de Sistemas) e o alinhamento ineficiente do negócio (Dificuldade da manutenção dos Sistemas, sempre mais caros, alinhados as necessidades do negócio).

Nos tempos atuais estes problemas chegaram a um ponto crítico, os custos e complexidade dos sistemas cresceram exponencialmente, as oportunidades de se produzir valor real com esses sistemas foram reduzidas.

Do início da EA até o momento, muitas metodologias surgiram e desapareceram e atualmente 90% da área utiliza uma das 4 metodologias abaixo citadas :

· Framework Zachman

· Framework Open Group (TOGAF)

· Arquitetura Corporativa Federal (FEA)

· Metodologia Gartner

Abordaremos essas metodologias de EA contextualizando uma empresa fictícia que enfrenta problemas comuns no dia a dia Empresarial, entre eles :

· Sistemas de TI tornando-se incrivelmente complexos e de manutenção cara

· Informações de Missão crítica inconsistentes

· Cultura de desconfiança entre as partes Comerciais e Tecnológica da Corporação.

Vamos traçar um caminho que provavelmente a corporação enfrentará utilizando qualquer uma dessas metodologias.

Examinando as 4 abordagens, notaremos que nenhuma é totalmente completa, possuindo pontos fortes em algumas áreas e fracos em outras.

Portanto para muitas corporações nenhuma dessas metodologias atenderá de forma 100% satisfatória, sendo assim indicamos uma abordagem que propõe uma solução heterogênea, utilizando os pontos fortes de cada metodologia e que sejam condizentes com as necessidades da corporação.

De qualquer forma, adotando-se uma metodologia heterogênea ou algum modelo por completo, ela só será adequada havendo comprometimento por parte da corporação com as mudanças. Este comprometimento deve partir do mais elevado nível da corporação.

Em contra partida, na existência desse comprometimento e seguindo um modelo de EA moldado para os negócios da corporação, a promessa de redução de custo e complexidade, aumento do valor e eficiência do negócio e conseqüentemente maior competitividade, ficam ao alcance das mãos!

"Evite desencorajar-se : Mantenha ocupações e faça do otimismo a maneira de viver. Isso restaura a fé em si."


sábado, 24 de janeiro de 2009

De volta!


Olá Pessoal... estive ausente por um longo tempo...


Trabalho, estudo, correria... enfim.. vários fatores não permitiram que eu compartilhasse algum tipo de informacão com vocês.

Esse ano pretendo adicionar mais essa "tarefa" ao meu dia-a-dia e compartilhar um pouco de informação, conhecimento, com todos.

Já estamos no final de janeiro... mas como no Brasil o ano só começa efetivamente depois do carnaval, me sinto a vontade para desejar a todos um ótimo 2009 com muito sucesso, paz, saúde, amor e prosperidade!!!!

Vou re-movimentar esse espaço falando sobre Enterprise Architecture, citar algumas metodologias dessa abordagem e utilizar um estudo de caso fictício para demonstrar algumas formas de sua utilização.

Como se trata de um assunto extenso, postarei os textos em dias alternados (dia sim, dia não).

Espero que seja informação útil para vocês e agradeço por sugestões ou correções caso encontrem algo errado nos textos!!!

É isso pessoal... Abraços a todos que a próxima semana seja ótima!!


"A força mais potente do universo? - A fé!"